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Se também travas uma batalha silênciosa contigo, e são muitas as vezes, em que te sentes à deriva, sem saber bem qual é o teu lugar. Ou seja qual for a fase da tua vida, em que te encontras hoje, lembra-te destas palavras: Para poderes sair de uma situação, tens primeiro que atravessa-la.

Tu não estás só. Força!

Love S.

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publicado às 09:54

Uma longa viagem

06.11.18

Já perdi a conta da quantidade de vezes, em que perante a FORÇA dos acontecimentos, sinto-me minúscula. Começo a sentir nas entranhas o peso do mundo a colapsar sobre mim, impedindo-me de respirar profundamente. 

Fico paralisada pelo medo, de tudo, de todos. Mexer-me assusta-me, inspirar assusta-me, e até mesmo o mais pequeno gesto, parece grostesco e capaz de perturbar irreversivelmente a estabilidade do dia-a-dia.

E o medo vai crescendo até se tornar insuportável. E eu não consigo fugir, desaparecer. Fico ali presa, incapaz de me aclamar, mas sem outra opção que não olhar o medo de frente, ainda que com um pouco de vergonha, por voltar a esta situação "familiar". 

Mas depois reconheço que este é um lugar de imensa coragem. Porque admitir que temos medo exige coragem, porque lutar à contra a ansiedade, durante tantos anos, é cansativo e deixa marcas, no corpo e na alma, que o simples acto de continuar a tentar, a viver, exige uma coragem imensa.

Sei que é mais fácil olhar para o medo, e para o efeitos da ansiedade na minha vida, e pensar que fracassei. Mas isso seria muito injusto e redutor.

A verdade é que passados tantos anos, ainda aqui estou, e que por cada batalha "perdida", há incontáveis batalhas ganhas. 

Se estás na mesma situação, se lutas diariamente contra algo: força! o teu esforço não é, e nunca será em vão. E podes não conseguir ver os resultados hoje, mas garanto-te que um dia vais olhar para trás, e sentir muito orgulho da tua viagem.

 

Love S. 

 

publicado às 10:08

Passados três anos de yoga e outros dois a "tentar" aprender meditação, a minha ansiedade não desapareceu. Não aprendi, ainda, a permanecer tranquila e equânime face as contrariedades da vida, nem sei se algum dia serei capaz de o fazer. Há eventos que chocam, que abalam violentamente a nossa essência e num pequeno espaço temporal viram o nosso mundo do avesso.

Não, não fui capaz de deixar de sentir medo, nem me entreguei nas mãos da vida e ganhei uma confiança inabalável em Deus| Universo| Fonte...ou qualquer outra nomenclatura que prefiram utilizar.

Ainda sou o mesmo eu de sempre, pequeno, temeroso, desconfiado, assustadiço. Humano. Sou apenas um ser humano, igual a tantos outros, com os mesmos momentos de dúvida, desconforto e até de sofrimento. Há alturas em que não quero sentir mais, e o meu único desejo é virar uns copos de vinho tinto ou tomar um ansiolítico, daqueles que ainda estão escondidos no fundo da gaveta, do armário da cozinha. Mas escolho não o fazer.

Em vez disso, escolho aceitar que sou humana. Que sinto dor e medo, muito medo. Que viver ás vezes dói, no corpo e na alma, mas que é essa a minha| nossa condição.

Escolho aceitar que se estou nesta fase, é porque é aqui que necessito de estar, e que as dores de crescimento fazem parte da vida, e  todas elas têm o seu propósito. Nada disto é em vão.

E é esta pequena mudança, quase que impercetível, entre fugir e aceitar que faz toda a diferença, pelo menos para mim. Porque afinal, a mudança que eu procurava, através do yoga e da meditação, não é tanto sobre viver uma vida livre de medos e ansiedades, mas sim sobre aprender a viver com eles. 

Love S.

 

 

publicado às 14:46

Dos dias (II)

18.07.18

Quando é desconfortável| insuportável ficar imóvel a contar os segundos a passar enquanto o dia se desmorona à tua volta, lembra-te que é aqui que tens de estar.

Mesmo que te sintas preso na canção Não há estrelas no céu, em que parece que o mundo inteiro se uniu pr'a te tramar, e quer estejas a atravessar um dia, mês, ou uma fase complicada na tua vida, se esta é a tua realidade, então é porque é exatamente aqui que tens de estar. Há um propósito em tudo isto.

O teu desconforto| sofrimento não é em vão. Por isso respira fundo, liberta bem o ar na expiração, e acredita que tal como esta fase chegou sem aviso prévio, da mesma forma irá terminar e quando menos esperares vais notar que a tua vida já começou a reentrar nos eixos.

Só tens de ter um pouco de paciência e fé.

Love S.

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publicado às 11:22

Dos dias

22.03.18

Há dias mais complicados que trazem à superfície todas as fragilidades que tentamos esconder. Há toda uma vida que nem sempre segue os nossos planos.

E depois há este mar e este sol...e já mais nada parece assim tão mau! 

 S.

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publicado às 22:23

Caminhos

14.03.18

Chora! Admite que às vezes a dor ganha, e que então é preciso senti-la e depois deixa-la partir.

Pede! Às vezes serás ouvida e conseguirás aquilo que desejas. E quando assim o for, agradece e aproveita.Desfruta a vitória em nome de todas as vezes em que ela te é negada.

Sê sincera! Não tenhas medo de pedir, de dizer em voz alta aquilo que te vai na alma. Se nunca o deitares cá para fora como poderás ser ouvida?

Não tenhas medo de ser honesta: contigo e com os demais, pois  ninguém te irá poder ajudar se não souber do que precisas.

Sê tu mesma: não há outro caminho para a felicidade!

 S.

publicado às 11:38

Passados mais de 10 anos, ainda tenho presente o horror que sentia nas aulas de matemática, quando era ainda uma estudante no secundário. Nunca desenvolvi o gosto pelos números, somas e subtrações e quanto mais complexo e abstrato se tornava a matéria em estudo, mais perdida eu ficava.

Acontece que face as lições "da vida" eu sou, tantas vezes, a mesma aluna assustada e perdida, que se sentava na última fila da sala, encostada à parede amarela e que rezava baixinho para que a professora de matemática não se lembra-se de mim, e me chama-se para ir ao quadro demonstrar toda a minha incompetência perante a turma.

O que ontem começou com uma manhã animada, em eu que cantarolava "I´m on the edge of glory" enquanto preparava um pequeno-almoço reforçado, com travesseiros de Sintra, pão e uma dose generosa de café; acabou de forma imprevisível:com lágrimas e revolta perante um universo| uma vida que insiste em querer "ensinar-me" lições que eu claramente não sou capaz de aprender. No final do ataque de choro ficou apenas a frustração, a impotência e a revolta, calada mas sentida, perante a crueldade da lição repetida, vezes e vezes sem conta, sempre com o mesmo desfecho: uma demonstração da minha incompetência em lidar com uma situação, que já deveria estar resolvida.

Ontem à noite perante a impossibilidade de solucionar a situação, e ainda com uma boa dose de mágoa e revolta nas entranhas, prometi a mim mesma que ia tentar: tentar fazer melhor. E quando o dia finalmente amanheceu, depois de uma noite inquieta, e sem ter conseguido conseguido conciliar, estou tentando cumprir a minha promessa. Estou tentando, e embora possa parecer| ser pouco, neste momento é tudo o que posso fazer.

 

Love S.

publicado às 12:02

Ia no carro quando ouvi na rádio uma música antiga do Nuno Guerreiro, e imediatamente lembrei-me que houve uma altura na minha vida em que tinha quase todas as canções dele no mp3 e as ouvia religiosamente todos os dias no caminho até a faculdade. E hoje,quando as primeiras batidas da canção ecoaram pelo carro, viajei 7 anos no tempo até essa época...até ele.

Não vou dizer que foi uma linda história de amor, longe disso, é verdade que houve muito carinho envolvido, mas acima de tudo houve muito desejo, muita vontade de ambos os lados. Estar perto dele era uma experiência transcendental, e não querendo entrar em clichés românticos, era como estar no centro da tempestade perfeita - a energia era terrena, palpável. 

Embora ele vivesse perfeitamente bem com isso, eu queria mais. Precisava de um compromisso, uma espécie de relação que justificasse aquele desejo absurdo e desenfreado. Durante meses lutei com tudo aquilo que sentia, sempre sem saber bem se devia travar ou deixar-me guiar pelo momento..

Mas eu nunca consegui viver no presente, no agora. E saber| sentir que ele não estava apaixonado por mim falou mais alto: eu não era pessoa para me entregar só porque sim, e apenas por umas noites (mesmo que o quisesse muito). No fim, a imagem que eu tinha construido de mim mesma falou mais alto, e nunca nada aconteceu, como devia ter acontecido. 

Nunca fiquei convicta de que havia tomado a decisão certa, mas na altura fiz o que achei mais correto e isso é tudo o que podemos exigir a nós mesmos. Hoje mesmo sabendo que o que havia entre nós era metafísico, carnal, mas igualmente efémero, arrependo-me da decisão que tomei.

Se hoje, esta canção me tivesse feito mesmo recuar no tempo, sei que o desfecho seria diferente: teria me entregado (como sempre quis) sem julgamentos e sem certezas, ou até mesmo na certeza de que teríamos só aquele momento para matar o nosso desejo.

A verdade, é que os anos passaram e a minha vida mudou mais do que eu poderia imaginar, mas aquele sentimento avassalador de trocar a minha vida por um toque, um beijo, uma única noite,nunca mais regressou.

Aquela música fez-me perceber que ainda não aprendi a viver no momento, no aqui e agora, e que continuo presa à (nova) imagem que criei para mim mesma, e talvez por isso tenha desejado tanto voltar atrás no tempo e reescrever uma velha história. E perante a impossibilidade física de o fazer, resta-me escreve-la aqui.

S.

publicado às 17:14

Estou fixada nesta pequena interrogação, desde que esbarrei nela há dois meses atrás. Na altura andava a fazer zapping pelas imagens do google, à procura de uma foto que retratasse o meu estado de espírito quando esta frase me encontrou: O que farias se não tivesses medo?

Após alguns segundos a olhar fixamente para o ecrã do computador, descobri que durante anos fizera, ainda que de forma inconsciente, esta questão a mim mesma: O que faria se não tivesse (tanto) medo?

Os últimos 2 anos trouxeram-me sabedoria e permitiram-me erradicar (quase vá) a ansiedade generalizada e o imenso desconforto que esta causava no meu dia a dia, mas apesar de tudo isso o medo ficou. E se normalmente até que lido bem com a sua presença (teimosa) na minha vida, há momentos em que ele duplica o seu tamanho, e torna-se tão imenso que me paralisa por completo, e eu acabo desistindo daquilo que quero| preciso fazer, porque sinto (institivamente) que vou fracassar. E, talvez, por compreender o quão limitador o medo consegue ser, dei por mim a pensar várias vezes nesta pergunta aparentemente simples.

Percebi que embora não consiga viver com o medo a 0%, nem sei se isso é humanamente possível, posso confiar em mim e acreditar que serei capaz de lidar com os contratempos, dores e sofrimentos, que possam surgir ao longo do caminho, e que mesmo que demore algum tempo, eu ficarei bem. Como em tantas outras situações na vida, não creio que haja uma resposta definitiva e universal para a questão: o que farias se não tivesses medo? mas julgo que – seria livre - poderá ser uma boa resposta.

 S.

 

 

publicado às 13:09

Há uns tempos encontrei por acaso esta frase, enquanto fazia um zapping digital pelo facebook. E das várias frases que por vezes encontro, esta ficou gravada no meu consciente. Por coincidência, ou não, algumas semanas depois ao folhear um livro de Yoga, deparei-me com uma folha, que marcava a transição entre dois capítulos, e que dizia: Nem todos os que vagueiam estão perdidos.

Sinto que, de alguma forma, esta frase marca o ponto em que me encontro atualmente. Durante muito tempo senti-me perdida, abandonada até. Lembro-me vagamente do terror e do desespero que senti...não havia como não o sentir. Estava "presa" a uma existência que eu não gostava, que não fazia o mínimo sentido e a quilómetros luz de distancia de tudo o que eu sempre imaginara para mim. 

Sentia-me perdida porque não sabia como, ou quando, eu iria sair do ponto escuro em que me encontrava. O medo, deixava-me petrificada, e a simples ideia de dar um passo, por mais pequeno que fosse, era inconcebível. E se? E se eu desse o passo na direção errada? E se o melhor fosse realmente permanecer quieta, alerta, tentando perceber onde estava e a partir daí, traçar um mapa que me levasse de volta ao bom caminho? E se alguém já soubesse que eu estava perdida, e estivesse a planear uma missão de salvamento? Se eu me mexesse poderia estragar tudo, e dificultar ainda mais as coisas. 

Não consigo me recordar dos primeiros passos, não sei se fui salva, se me salvei a mim mesma, ou se foi um pouco de ambas, mas literalmente quando dei por mim já estava em território familiar e a partir daí a vida seguiu o seu rumo, até ao momento em que voltei-me a perder.

Mas desta vez o sentimento foi diferente. Já não sinto aquele medo paralisante e sufocante, que me impede de agir. Estou um pouco assustada e desconfortável, admito, mas não desesperada, e apesar de não saber bem onde me encontro, os últimos dois anos trouxeram algumas mudanças pessoais, e de não ter a certeza qual o próximo passo, ou qual o caminho mais direto rumo à felicidade, eu não me sinto (assim tão) perdida.

Talvez, nem todos os que vagueiam estão, de facto, perdidos. Talvez, o mais importante, seja aceitar que nem sempre vamos saber o caminho, e que muitas vezes não vamos ter todas as respostas, mas que ainda assim, te tivermos uma dose insana de coragem, e uma dose ainda maior de fé, vamos, de alguma forma, encontrar o nosso caminho.

 

S.

publicado às 13:45


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