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Não conheço ninguém que não tenha medo (ou medos). Sei de pessoas incrivelmente corajosas, que enfrentam a vida de frente, mas até elas, lá de vez em quando, são assoladas por aquela sensação horrível de sentir o sangue a congelar nas veias, e o coração a bater descompassado no fundo da garganta. Isso é o medo, esse sentimento horrível mas inevitável com que a grande maioria de nós aprendeu a viver.

E eu não sou excepção. Não sou a maior medicras de todos os tempos, mas há uma coisa que me assusta bastante, a felicidade. Ou melhor, a ideia de que posso genuinamente ser feliz por um período prolongado de tempo. Eu sei que da lista dos medos, este parece extremamente estúpido e até paradoxal: afinal quem consegue ter medo de uma coisa tão boa? Não é disso que andamos todos à procura, da felicidade?

O que me assusta é precisamente isso: encontrar a felicidade, viver bem com ela e depois sem aviso, ve-la escapar por entre os meus dedos. É aqui que entra também a negatividade, essa sensação misteriosa de que algo vai correr mal, porque toda a situação é simplesmente demasiado boa para ser verdade.

Não sei se é de mim, ou se há mais pessoas que também sentem isso, que as coisas são demasiado perfeitas, tão boas que até assustam. Honestamente não consigo dizer como este receio começou, mas posso dizer que aos poucos apoderou-se de uma parte de mim, tanto que agora sempre que algo de bom acontece a minha reação natural passa obrigatoriamente pelo medo e pela desconfiança.

Recentemente tomei consciência de que precisava de mudar a minha maneira de pensar, mas acima de tudo de sentir. Precisava aceitar que o mundo é um lugar incerto, sobre o qual eu exerço pouco ou nenhum controle. 

Não vou dizer que tem sempre sido fácil, mas posso dizer que estou melhor. O ioga tem ajudado a descontrair, e claro tenho feito um esforço consciente para melhorar a forma como enfrento a vida. O objetivo final: viver em paz, sem medos, na certeza de que a vida levará o seu curso e eu terei sempre a resiliência necessária para enfrentar o que o futuro trouxer. Segunda a minha professora de ioga, daqui a um ano serei uma mulher diferente. Para já, apenas posso esperar  com otimismo a chegada dessa mudança.

Love S.

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publicado às 21:42

Sexta-feira foi o culminar de uma semana esgotante. Desde o início de Maio, que os dias passam a correr, o trabalho vai-se acumulando e já nem o ioga é capaz de me manter num estado "zen". Com o cansaço a acumular torna-se difícil descontrair e aproveitar os bons momentos.

Admito, que tal como muitas pessoas, tenho uma cegueira inata que afeta a minha visão, e torna-me incapaz de ver o lado bom da vida, e das pessoas que a tornam tão especial. Pensando seriamente nisso, sim, é verdade que estou sobrecarregada de  trabalho, que todos os dias procuro uma resposta positiva que me permitia sair do desemprego. Sim, é verdade que nem sempre as coisas correm como eu quero, que oiço muitos nãos e que o acumular destas situações é desgastante.

Mas no meio de tudo isto há tanta coisa boa, há ,acima de tudo, pessoas boas, que me adoram mesmo quando estou cansada e sem tempo. Pessoas que arrancam o melhor de mim e que me fazem querer ser um ser humano melhor. 

Sei que é demasiado fácil ver o mal (afinal parece que ele está em todo o lado) mas acredito que com um pequeno "treino" mental é possível ver o bem também. As pequenas coisas boas que acontecem quando estamos distraídos a pensar num mal maior. As pessoas a que nos habituamos a ter por perto e que ,tantas vezes, nos esquecemos de lhes dar valor. 

Hoje ao pensar nisso, resolvi em vez de pedir mais, agradecer, ficar grata por tudo o que tenho, pelo que conquistei e acima de tudo, pelas pessoas incríveis que dão cor aos meus dias. Não sei o que seria de mim sem elas.

Love S.

publicado às 23:09

Gostava que o meu dia tivesse 48 horas ou mais. Penso que muitas pessoas, e pelos mais diversos motivos, diriam o mesmo. No meu caso preciso de mais tempo para ler a crescente montanha de livros que vou acumulando na minha secretária, para acabar todos os trabalhos pendentes antes da data limite, tempo para procurar trabalho, entregar currículos e infelizmente a lista continua.

Acima de tudo sinto imensamente, que preciso de mais tempo para mim. Para cuidar de mim. Preciso de tempo para fazer aquilo que gosto, sem remorsos, sem pensar que poderia utilizar essas horas para fazer de algo útil, para trabalhar mais um pouco.

Ontem reservei o domingo para a família e de manhã cedo, fomos todos para o campo. O dia não estava muito agradável, mas ainda assim, deu para respirar ar puro, percorrer uns trilhos, e na teoria foi bom para relaxar. Teria sido o dia perfeito se não tivesse o cérebro inundado com todas as coisas que eu tinha para fazer e que esse dia, de passeio idílico, tinha atrasado ainda mais.

É uma situação frustrante mas que acredito que aconteça a quase todos nós. Penso que na correria do dia-a-dia, perdemos noção do que é realmente importante: arranjar tempo para descontrair, para reencontrar as pessoas de quem mais gostamos, para amar, tempo para as coisas e pessoas que nos fazem o coração bater mais forte.

E hoje eu fiz isso. Mesmo sem muito tempo fui a minha aula de Ioga, consegui relaxar, dentro do possível, e quando realizamos no final da aula o exercício de meditação, estava tão relaxada que era capaz de adormecer ali mesmo, em paz. Depois vim para casa sem pressa, a ouvir música e a curtir aquela "estranha" e rara sensação de bem estar.

Hoje, para variar, fui uma prioridade na minha própria vida e isso soube mesmo bem.

Love S.

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publicado às 21:56

Ioga

05.05.15

Hoje resolvi aventurar-me numa aula de Ioga. Já andava a matutar nisto há algum tempo, já tinha pesquisado os benefícios do ioga para o corpo e mente, depois foi só encontrar um local que gostasse. Acabei por encontrar a Escola da Felicidade. Gostei do nome, muito apropriado para uma escola de Ioga, e gostei, acima de tudo, do lugar onde estava situada, já que não queria| podia gastar dinheiro em transportes,  precisava de um local que ficasse relativamente perto de casa.

Hoje foi a primeiríssima aula, embora confesse que já tinha feito aulas de bodyrelax que utiliza algumas das posições do Ioga, foi uma experiência completamente nova. A aula é exigente ao nível da flexibilidade e da coordenação (e eu sou muito má a ambas), tentei acompanhar as restantes participantes, enquanto a professora pacientemente corrigia as minhas posições.

Resultado: estou ligeiramente dorida, pois há imenso tempo que não fazia exercício, mas desejosa pela próxima aula. Ainda não consegui atingir o relaxamento mental, o sentimento de comunhão com o universo de que falava a professora, mas saí da aula com uma sensação de leveza no corpo, como se todo o stress e a tensão acumulada tivessem desaparecido. Agora é esperar que a sensação de bem estar se alastre pelo corpo todo e atinja a minha mente. Mas assim de repente, saí a pensar que podia ser realmente feliz na Escola da Felicidade.

Love S.

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publicado às 21:59

Mãe!!

03.05.15

Não poderia deixar este dia passar em branco. Não sou Mãe, nem está nos meus planos sê-lo para já. Mas tenho uma Grande Mãe, uma mulher incrível, que mais do que me dar a vida, deu-me amor, apoio incondicional e a segurança de saber que nela tenho sempre um porto seguro. Sei, sem dúvida alguma, que sou muito amada pela minha mãe e que enquanto a tiver não me faltara nada. È uma grande sorte, muito grande mesmo, ter uma mãe como a minha.

 

Tive também a sorte de ter uma grande avó, que hoje brilha lá do alto. Sei que onde quer que ela esteja continua a olhar por mim, tal como fez toda a sua vida. Sei também que não é minha mãe, mas amava-me como se fosse sua filha, e terá sempre um lugar muito especial no meu coração.

Cada uma a seu jeito, tem um grande pedaço de mim.

 

Hoje é o dia da Mãe, das mães biológicas, das adotivas, das mães de criação, daquelas que são mãe e pai ao mesmo tempo, das avós, tias e madrinhas que amam como mães. È o dia de todas as mulheres que abriram o seu coração a um outro ser, a que amam tanto, ou mais, do que a própria vida. A todas elas, um dia muito feliz :)

 

Obrigada. Love S.

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publicado às 10:15

Todos temos sonhos, imagens mentais mais ou menos nítidas daquilo que queremos ser, do que planeamos para a nossa vida, para o nosso futuro.

Eu sei que tenho sonhos, muitos sonhos. Adorava viver o suficiente (para aí uns mil anos) para os poder concretizar todos. Mas sei que muitas vezes, isso é mau. Porque vivo "escrava" deles, obcecada com a  minha incapacidade de os concretizar, contando tudo o que ainda me falta para ser feliz.

 

O meu maior desejo (que este ano virou resolução de ano novo) era viver em paz. Sem stresses. Com esperança. Positiva. Resumidamente de bem com a vida. Se consegui? Sim, nos primeiros dia do ano foi relativamente fácil, ainda estava inundada com toda a magia da noite de réveillon onde dancei alegremente até ao inicio do novo dia. Mas depois a vida intrometeu-se...trouxe situações inesperadas, stresse exterior, um cem número de coisas que estavam muito além do meu controle. E eu sei que a vida é incontrolável, todo o controle é apenas e só uma ilusão querida.

Mas hoje lembrei-me dos sonhos e resolvi centrar-me naquele que, para mim, é neste momento o mais importante: Viver de bem com a vida, mas acima de tudo - viver bem comigo mesma. Sei que é um objetivo difícil, especialmente para quem nunca o conseguiu, mas que acredito ser possível. Basta crer, tentar e acima de tudo não desistir.

Tenho outras coisas na "to do list" para este ano, que gostaria de concretizar, mas sem qualquer dúvida que esta fica no topo da lista. Por isso, vamos lá concretizar os nossos sonhos (mas com muita calma) por nisto dos sonhos o que importa é avançar na direção certa e não a velocidade com que lá chegamos:) Dream on!!

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Love S.

publicado às 22:33


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