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Mudam-se os tempos, mas nem sempre se mudam as vontades.

Quando comecei esta viagem, não sabia bem o que esperar, até porque ao contrário de todas as outras viagens, esta não foi propriamente planeada. Foi um ato de desespero, o grito do Ipiranga, precisava urgentemente de retirar todo o stress e a ansiedade do meu dia-a-dia, precisava de noites de sono, tranquilas e restauradoras... precisava de paz. Todo o meu corpo, mente e espírito gritavam: PAZ.

Comecei no Yoga por acaso, procurei soluções naturais para combater o stress e a ansiedade, e a palavra Yoga aparecia repetidas vezes no motor de busca, e foi essa a principal razão que me levou a querer experimentar. Claro que já sabia um pouco, muito pouco, sobre o Yoga, já tinha feito no ginásio algumas aulas de body relax e body balance, e senti um desejo imenso de mergulhar de cabeça no Yoga. Na verdade não tinha muitas alternativas, os meus níveis de ansiedade subiam todos os dias, e só tinha 2 opções: ou dava uma oportunidade ao Yoga, ou marcava rapidamente uma consulta de psiquiatria e implorava ao médico uma dose cavalar de calmantes. 

Naquela altura o Yoga pareceu-me a opção certa para mim. Hoje sei que foi, muito provavelmente das melhores decisões que já tomei e estou imensamente grata pela paz e pela serenidade que aos poucos fui descobrindo e conquistando. Posso afirma,r com algum grau de certeza, que a minha vida mudou para melhor, em muitos aspectos. A nível físico, mental e espiritual esta viagem está sendo gratificante e sinto que aos poucos vou-me descobrindo... não imaginam o quanto eu era um segredo para mim mesma.

Mas há um outro tanto que permanece imutável. Assumi recentemente que tenho um grave problema de aceitação. É com grande desconforto que reconheço e assumo que tenho dificuldades em aceitar certas coisas, certos traços de personalidade tanto em mim mesma, como nos outros. Tenho plena consciência que cada um é como é, e acreditem que não tenho qualquer desejo de mudar ninguém, já é suficientemente difícil tentar melhorar enquanto pessoa. Mas nada disso torna a aceitação mais fácil. 

Podia gastar rios de tinta sobre o porquê de ser difícil, aceitar o "lado lunar", nas palavras de Rui Veloso, das pessoas que me são mais próximas, mas não quero ser maçadora. Acredito que todos nós, idealizamos um pouco as pessoas à nossa volta, e que quando confrontados com algumas atitudes que fogem da imagem idealizada, ficamos magoados, revoltados, feridos. Acredito igualmente que na maioria das vezes, não houve qualquer intensão de nos magoar ou ferir... a pessoa estava simplesmente sendo ela própria. 

Não faço ideia de como deixar de idealizar as pessoas, ou de como as aceitar, ao ponto de não ficar magoada ou sentida com algumas atitudes, por isso mesmo é que assumo: Olá, o meu nome é S. e tenho um problema de aceitação. Afinal mudam-se os tempos, mas muitas coisas permanecem iguais.

Love S.

 

publicado às 12:49



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