Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Já perdi a conta da quantidade de vezes, em que perante a FORÇA dos acontecimentos, sinto-me minúscula. Começo a sentir nas entranhas o peso do mundo a colapsar sobre mim, impedindo-me de respirar profundamente.
Fico paralisada pelo medo, de tudo, de todos. Mexer-me assusta-me, inspirar assusta-me, e até mesmo o mais pequeno gesto, parece grostesco e capaz de perturbar irreversivelmente a estabilidade do dia-a-dia.
E o medo vai crescendo até se tornar insuportável. E eu não consigo fugir, desaparecer. Fico ali presa, incapaz de me aclamar, mas sem outra opção que não olhar o medo de frente, ainda que com um pouco de vergonha, por voltar a esta situação "familiar".
Mas depois reconheço que este é um lugar de imensa coragem. Porque admitir que temos medo exige coragem, porque lutar à contra a ansiedade, durante tantos anos, é cansativo e deixa marcas, no corpo e na alma, que o simples acto de continuar a tentar, a viver, exige uma coragem imensa.
Sei que é mais fácil olhar para o medo, e para o efeitos da ansiedade na minha vida, e pensar que fracassei. Mas isso seria muito injusto e redutor.
A verdade é que passados tantos anos, ainda aqui estou, e que por cada batalha "perdida", há incontáveis batalhas ganhas.
Se estás na mesma situação, se lutas diariamente contra algo: força! o teu esforço não é, e nunca será em vão. E podes não conseguir ver os resultados hoje, mas garanto-te que um dia vais olhar para trás, e sentir muito orgulho da tua viagem.
Love S.