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Passados mais de 10 anos, ainda tenho presente o horror que sentia nas aulas de matemática, quando era ainda uma estudante no secundário. Nunca desenvolvi o gosto pelos números, somas e subtrações e quanto mais complexo e abstrato se tornava a matéria em estudo, mais perdida eu ficava.
Acontece que face as lições "da vida" eu sou, tantas vezes, a mesma aluna assustada e perdida, que se sentava na última fila da sala, encostada à parede amarela e que rezava baixinho para que a professora de matemática não se lembra-se de mim, e me chama-se para ir ao quadro demonstrar toda a minha incompetência perante a turma.
O que ontem começou com uma manhã animada, em eu que cantarolava "I´m on the edge of glory" enquanto preparava um pequeno-almoço reforçado, com travesseiros de Sintra, pão e uma dose generosa de café; acabou de forma imprevisível:com lágrimas e revolta perante um universo| uma vida que insiste em querer "ensinar-me" lições que eu claramente não sou capaz de aprender. No final do ataque de choro ficou apenas a frustração, a impotência e a revolta, calada mas sentida, perante a crueldade da lição repetida, vezes e vezes sem conta, sempre com o mesmo desfecho: uma demonstração da minha incompetência em lidar com uma situação, que já deveria estar resolvida.
Ontem à noite perante a impossibilidade de solucionar a situação, e ainda com uma boa dose de mágoa e revolta nas entranhas, prometi a mim mesma que ia tentar: tentar fazer melhor. E quando o dia finalmente amanheceu, depois de uma noite inquieta, e sem ter conseguido conseguido conciliar, estou tentando cumprir a minha promessa. Estou tentando, e embora possa parecer| ser pouco, neste momento é tudo o que posso fazer.
Love S.